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Como pesquisador experiente que testemunhou a evolução das moedas digitais na última década, encontro-me cada vez mais cativado pela narrativa em torno do Bitcoin (BTC). Embora o debate sobre a sua origem possa continuar a alastrar nos círculos financeiros, o meu foco reside noutro lado – nas implicações profundas da sua concepção.
Como pesquisador que se aprofunda no reino das criptomoedas, volto frequentemente à história da gênese do Bitcoin (BTC). No entanto, de acordo com o especialista em criptografia Anthony Pompliano, esse não é mais o ponto central da discussão no qual deveríamos nos fixar. As críticas frequentemente feitas contra a criação do Bitcoin do nada são equivocadas, pois ele argumenta que a verdadeira preocupação não reside no nascimento do Bitcoin, mas sim na criação contínua de moedas tradicionais.
Recentemente, durante uma conversa online com David Andolfato, Pompliano destacou o principal contraste entre a oferta restrita de Bitcoin e a emissão aparentemente interminável de moedas fiduciárias.
A questão fundamental subjacente aos debates mais amplos sobre a inflação e a política monetária gira em torno das críticas à moeda fiduciária, que é frequentemente criticada por se desvalorizar ao longo do tempo devido à sua abundância excessiva. O economista Andolfato, entre outros, chegou a traçar paralelos entre o Bitcoin e as moedas fiduciárias, sugerindo que ambas foram essencialmente criadas do nada.
O foco da pergunta não está na formação inicial, mas sim no desenvolvimento contínuo. Se houvesse um limite para o número de dólares existentes e ninguém pudesse criar mais, esses problemas não persistiriam.
— Anthony Pompliano (@APompliano) 7 de dezembro de 2024
O que torna o Bitcoin único é que o seu fornecimento é restrito e gerido de forma decente – uma decisão estratégica tomada pelo criador anónimo, Satoshi Nakamoto. A intenção era desenvolver uma moeda digital para transações peer-to-peer com apenas 21 milhões de moedas em circulação, conforme determinado pelo algoritmo subjacente. Essa escassez reflete as características do ouro, dando assim ao Bitcoin o apelido de “ouro digital”. Crucialmente, o fornecimento de Bitcoin não pode ser influenciado por nenhuma autoridade central.
Com o Bitcoin a ganhar uma aceitação mais ampla, um número crescente de investidores institucionais e privados estão a aderir. A conversa afastou-se das suas origens e centra-se agora no seu desempenho e no seu potencial papel como proteção contra a inflação.
2021 testemunhou a expansão substancial do Bitcoin, aproximando-se de US$ 100.000 por unidade. Notavelmente, o seu valor aumentou mais de 136% desde o início do ano, superando o desempenho dos activos convencionais de refúgio, como o ouro, que também registou um aumento notável de aproximadamente 27,6% durante o mesmo período.
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2024-12-08 19:13