Como a aquisição da Coindesk pela Bullish representa um potencial conflito de interesses, alguns na indústria estão levantando questões sobre a independência editorial.
A CoinDesk se estabeleceu como uma organização de notícias independente e muitas vezes contundente que cobre o setor de criptografia.
Para contextualizar, a CoinDesk investigou a solvência da FTX antes de dar a notícia no quarto trimestre de 2022. Apenas semanas depois, a outrora popular bolsa de criptografia entrou com pedido de falência. Sam Bankman-Fried, o ex-CEO, foi considerado culpado de todas as sete acusações criminais no final de outubro de 2023. A sentença está marcada para março de 2024.
Jason Yanowitz, fundador da agência de notícias criptográficas Blockworks, foi ao X em 20 de novembro, dizendo que a integridade editorial da CoinDesk poderia sofrer sob nova propriedade vinculada a um projeto específico de blockchain.
7/ Como alguém que compete com a CoinDesk, esta aquisição é boa para nós. Mas como alguém que adora criptografia e acredita que, agora mais do que nunca, precisamos de uma mídia imparcial para fazer avançar a indústria de forma responsável, isto é não é bom. Isso é um retrocesso.
— Yano (@JasonYanowitz)
Yanowitz compara esta aquisição à compra da CoinDesk pela Binance ou pela compra da Bloomberg pela BlackRock. Em ambos os casos, o fundador pensa que isso “destrui a integridade editorial da marca”, prevendo mesmo que “todos os repórteres irão embora dentro de seis meses”.
Na avaliação do fundador, os repórteres podem autocensurar-se conscientemente ou não ao reportar notícias relacionadas com o negócio do proprietário ou dos seus concorrentes. Além disso, os leitores também podem perder a confiança na neutralidade do CoinDesk.
Bullish adquire CoinDesk
Bullish, a exchange de criptomoedas apoiada pelo criador da EOS Block.one, assinou um acordo para adquirir a principal publicação de criptomoedas CoinDesk do Digital Currency Group (DCG) em 20 de novembro.
O acordo, supostamente todo em dinheiro, fará com que uma das fontes de notícias mais proeminentes da indústria de criptografia passe a ser propriedade de uma empresa operacional da Block.one. Sua reputação é um tanto confusa, já que a empresa é acusada de abandonar o desenvolvimento da EOS.
ATUALIZAÇÃO IMPORTANTE SOBRE O PROCESSO CONTRA A ENF está preparando um processo contra B1 por não cumprimento de seu compromisso de US$ 1 bilhão. B1 está tentando resolver um processo separado de US$ 22 milhões. Talvez você precise cancelar para ser elegível para participar do processo da ENF
— Yves La Rose (@BigBeardSamurai)
A EOS levantou US$ 4 bilhões em 2018 para desenvolver tecnologia destinada a rivalizar com o Ethereum (ETH), mas enfrentou críticas por sua governança centralizada.
Block.one é supostamente um dos maiores detentores de Bitcoin, possuindo mais do que a Microstrategy, a empresa de inteligência de negócios.
Problemas legais do DCG
O acordo ocorre em um momento econômico precário para a DCG, antiga controladora da CoinDesk. O fundador do DCG, Barry Silbert, reconheceu as dificuldades das empresas emergentes com acesso ao capital após os sérios ventos contrários em 2022.
DCG entrou com pedido de proteção contra falência, Capítulo 11, em 20 de janeiro de 2023, no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York. O pedido ocorreu após o colapso de sua subsidiária Genesis Global Capital, que fornecia empréstimos e serviços de negociação de criptomoedas.
Embora o acordo seja um alívio de liquidez para o DCG, Yanowitz argumenta que os motivos financeiros não justificam o comprometimento dos padrões editoriais vitais para o jornalismo.
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